Mais uma noite de insônia, sempre assim, de tempos em
tempos, à noite, fantasmas me assombram, sonhos estranhos, acordo com a boca
amarga.
Vejo a madrugada chegando e meus olhos grudados no teto, procurando respostas. Pálpebras que não querem cerrar.
Na cama tentando achar uma
posição melhor fico pensando com que sonhava Garcia Lorca, Guimarães Rosa,
Frida Khalo.
As noites com seus sonhos e os
pesadelos são como outra vida, correndo paralela, não são? De dia tudo sob
controle, as tarefas cotidianas, o trabalho, as chateações.
A noite um mundo
que vem de baixo (ou de cima?) se instala e nos domina.
Mistérios que nunca
conseguiremos desvendar.
Sei que o que sonho interfere no meu dia, mesmo quando
não me lembro de nada, é uma sensação, uma sombra, ah!...
Fico com Calderon de la Barca...
O que é a vida?
Um frenesi?
O que é a vida?
Uma ilusão
Uma sombra, uma ficção
E o bem maior é pequeno
Pois toda a vida é sonho
E os sonhos, sonhos são.
Cida, tenho o mesmo desespero com os sonhos, pois nos trazem camadas muito profundas de sentimentos e situações que muitas vezes nem sabemos do que se trata. Ou melhor, sabemos mas não temos consciência. A Hilda acreditava tanto nos sonhos que ela anotava sempre o que tinha sonhado, no café da manhã estimulava todos na casa a compartilhar seus sonhos e a trocarem interpretações. E sabia que para se lembrar do sonho era preciso meditar muito antes de dormir e pedir "aos guias" que deixassem rastros ao amanhecer. Um beijo enorme!
ResponderExcluirbrigada, ju, querido!...que bom saber que, embora aflita, estou em boa companhia!beijo
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